segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dois por aí

Cristina era menina-mulher. 
Ela sorria como o sol.
Não tinha malícia. De dia.
Formava erros e cantava. Em pensamento.

Philippe era moço da cidade.
Juntava teclas para formar pontos. 
Em contos via estrelas. No sonho.
Tinha calma. Com pressa.


Um dia o sorriso despudorado de Cristina clamou pela vergonha (pouca) de Philippe.
Talvez fosse dia. Não se sabe.
Ele chocou-se com a leveza daqueles olhos verdes.
Ela estava repleta de ira. Pequena.
Assim como seu corpo.


Meses depois era dele o sorriso. De dia. 
Sem malícia. Talvez com um pouco. Não sei.
E era dela o rubor. Na rede. 
Quando o sol não aquecia. Mas ele sim.
Ela era arte. E ele seu erro mais certo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu gosto desta história.
Fran