sábado, 4 de agosto de 2012

Literaturalmente


Imaginei que aprendi sobre as palavras
Elas vinham em torno de luzes
Piscavam, revoltavam meu corpo
Revoavam em torno do dorso
Reparei no detalhe do óculos que sumiu
No ritmo da música que não ouvi
Havia o reflexo dos versos dispersos
De nada e de tudo na retidão da penumbra
Houve outro pouco de sonho perdido
Ilusão ou tesão incontido, contido
Retido na relva, era mesmo relva, ou selva?
Ou seria aquele texto não lido na horizontal?
Talvez uma sombra apenasse a alegria das mãos
E a fina loucura dos dias que um dia chegarão
Ou das manhãs de vontades invisíveis, visíveis
A olhos nus de lentes, intermintentes
Revelam a nítida voz, irreal, tão real
Do que foi e não foi nunca mais, ah, mas vai
Haverá um talvez escondido no poema
Ou na lúdica canção de dormir
Que embala os desejos do corpo
E faz a alma inteira sentir, sorrir

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