segunda-feira, 17 de maio de 2010

Soneto de um coração cansado


Quem dera poder silenciar meus pensamentos
Transportar aos horizontes dessas nuvens sombrias
As belas tardes de sol dos idos tempos de sorrisos
Perder os detalhes do seu semblante apaixonado

Poderia eu tentar inverter os pretéritos momentos
Talvez então as horas exaustas de vozes insones
Fariam a viagem entre uma vida e outra velozmente
Derramando pelo caminho aqueles âmagos desejos

E assim, calmamente deixaríamos de ser
Focos perdidos por entre os dedos quentes
Sem as frases caladas das miragens

Os caminhos tornar-se-iam apenas estradas
E no negro da noite veríamos somente estrelas
Pois o amor estaria desvencilhado de nós

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