segunda-feira, 25 de maio de 2009

Migalha

Um som que não se ouve A brisa que não se sente A luz que não se vê Emaranhado de coisas inúteis Cercam, acobertam Testam a paciência Depredação lenta da alma De migalha em migalha Resta só uma migalha de gente Do que fomos, um dia Do hoje que já foi Das coisas não vistas Não sentidas, não tocadas Do canto que não se ouviu Migalhas, pequenas e muitas Tão grande migalha Uma por dia se vai Talvez duas ou mais Pequena migalha da vida É o que restará Ainda há tempo de recuperar nossas migalhas Sempre há tempo

2 comentários:

Renata Braga disse...

Sempre há tempo querida... pra tudo.

saudade de te ler... mas to voltando .

Bjosssssssss

Lis disse...

Ciça,
Você está escrevendo muito.
Ah, e parabéns pelo teu amor. Linda declaração, linda homenagem.
Boa semana.
Beijos