Um som que não se ouve
A brisa que não se sente
A luz que não se vê
Emaranhado de coisas inúteis
Cercam, acobertam
Testam a paciência
Depredação lenta da alma
De migalha em migalha
Resta só uma migalha de gente
Do que fomos, um dia
Do hoje que já foi
Das coisas não vistas
Não sentidas, não tocadas
Do canto que não se ouviu
Migalhas, pequenas e muitas
Tão grande migalha
Uma por dia se vai
Talvez duas ou mais
Pequena migalha da vida
É o que restará
Ainda há tempo de recuperar nossas migalhas
Sempre há tempo
2 comentários:
Sempre há tempo querida... pra tudo.
saudade de te ler... mas to voltando .
Bjosssssssss
Ciça,
Você está escrevendo muito.
Ah, e parabéns pelo teu amor. Linda declaração, linda homenagem.
Boa semana.
Beijos
Postar um comentário