sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Poetando o meu paradoxo


Sou poesia
Há palavras que me definem
Mas nenhuma que me explique
Ouço em forma de versos
Sinto em forma de sonhos
Não sou a santa da vida
Nem o anjo da morte
Sou a poesia
De uma alma que não é minha
Faço da noite pleno dia
E do dia o meu destino
Sou a poesia do amanhã
E vivo do ontem palavreado
Há vírgulas inteiras na minha pele
E infinitos pontos finais
Há rimas que me cercam
E outras que me levam
Sou tão poesia
Que me perco na realidade
Faço da viagem uma história
Faço da cama a memória
Faço do cinema um recado
E da música um finado
Desafino pelas linhas
Da sorte que me fez azarada
Busco um sim no impossível
Encontro as letras imprevisíveis
Palavras, palavras
Que me são poesia
Que me recitam a vida



4 comentários:

Marilda disse...

Esta veio carregada de sentimentos...
Acho que me encontrei em alguma parte...
Beijos

Bruno Fortkamp disse...

sem palavras,poetizou legal Ciça!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sem palavras adoro tudo o que tem a ver com poemas mas esse sem duvida é dos melhores os meus preferidos são alguns que tocam no coração tristeza ódio esta é uma mensagem que eles deixem que ninguém pode estar só feliz bem eu também sou assim sou triste mas esse poema é muito lindo os meus parabéns continua assim !