quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Rosnados

Latidos estridentes
Fizeram meu sono refém
E a fatídica memória
Vazia de carneiros
Repleta de ensejos
Culminou em madrugadas vivas
E os passos descompassados
Da imaginação no fim da rua
Deixaram clara uma noite
Libertaram as palavras
Da mente que vivia
Entre letras e vírgulas
Como curvas retilíneas
Como cães insones
Como a lua em fim de dia
Era alta a hora nova
E o recado era pobre
Veio feito fevereiro
Curto e quente, rebelde
Não há passado que se mude
Nem há presente que se espere
Nem futuro que se crie.

Um comentário:

Marilda disse...

A certeza que tenho, é que tudo o que faz é verdeiro e contagiante...
Adoro passar por aqui e ler o que vai em sua mente e coração...