quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Recados noturnos

As palavras saltitavam por entre as memórias
Vinham em correntes, fechavam os olhos
Mostravam os caminhos da alma na escuridão
Sufocavam os pensamentos, afogavam os movimentos

Sobre um leito macio o corpo sofria
Eram moléculas de sangue apoiadas em exclamações
Forcas espalhadas nas horas submersas da lua
Silêncio entre vozes da mente ambulante

Leituras confusas feito as cores cinzas
Riscadas em páginas cobertas de ares sem som
Buscavam a forma completa do espírito
A calma dos montes repletos de astros

Palavras jorravam ávidas por guerra
Afoitas e cegas, carentes e ricas
Rabiscavam vidraças abertas
Choravam a morte vivida da lucidez

Um comentário:

Geandria Corrêa disse...

Inspirações que vem à noite e da noite...
Cheios de significados seus poemas, gostei muito!