sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Necessidade

Esperei por um abraço que não tive. Está sendo minha dor maior. Vejo ao meu redor as pessoas sorrindo, e me culpo por não poder estar assim. Fico tentando encontrar os motivos, mas não consigo. Estou tão confusa que nem mais meus pensamentos eu posso dominar. Imploro por ajuda, mas ela não vem. Não sei mais que caminho seguir, e pra ser sincera, nem vontade de seguir eu tenho. Vontade de que então? Só daquele abraço. Aquele que me faz esquecer, pelo menos por instantes, o quanto sofro. Um abraço que me acolhe, me escolhe. Há nesse momento, uma magia inexplicável, mas tão necessária quanto o ar que eu respiro. Sim. É o abraço necessário que um dia foi só meu. Hoje nem sei mais.

Estou aqui falando desse abraço, porque tenho vaga esperança que se ele eu descrever, talvez o sinta e, essa dor tão dolorosa, tão doída, diminua. Preciso do conforto que só esse abraço pode me dar. Preciso da paz que só esse abraço me transmite. Por segundos, de olhos fechados, enlaçada, sinto a tranqüilidade que preciso. Tranqüilidade esperada. Tranqüilidade incomparável.

Preciso. Busco. Imagino. O abraço que só você pode me dar.

O abraço dos seus braços. O abraço dos seus desejos.

Um dia eu conheci, hoje não sei mais.

Seus braços talvez não queiram mais o meu calor.

Nem seu coração o meu amor.

As respostas não vêm. Nem o abraço também.

Só me resta imaginar. Sonhar.

Sentir com pensamento... o que um dia senti na pele, o acalento.

E que isso baste. Se não bastar, talvez só em outra encarnação eu volte a ter, o seu abraço. E então, só me resta pedir, a Deus pra me amparar...

Mas do seu abraço, saudades irão sempre comigo estar...

 

3 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

Profundamente lindo!!

Anônimo disse...

As vezes as duas partes sentem isso e ninguém consegue resolver. De quem é a culpa?

Ciça Ferreira disse...

Caro Anônimo,

A vida é sempre parceira das surpresas. Nem sempre é possível entender. Nem sempre há culpados.
Talvez a culpa maior seja da comodidade diante dos detalhes que um dia se tornam grandes problemas. Ou talvez apenas, chega um momento em que nos cansamos...

Obrigada por visitar meu blog!

Mas da próxima vez, espero que se identifique... para que haja uma interação maior sobre o tema em questão.

Um abraço!