quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Cansada

Às vezes, canso-me.
As palavras não vem. Ou vem, muitas. Atropelam-me.
Nuvens cobrem meu rosto. Embaçam minha visão.
Sem saber pra onde ir, seguir ao sul, ao norte.
Penso. Repenso. Pergunto. Sonho. Desespero-me.
E assim, o sal escorre. Amargo.
Não é tristeza. É fraqueza.
Não há beleza. Só frieza.
Só por entre caminhos. Incontáveis.
Cansada. Esgotada. Acabada.
Ombros pra chorar então eu busco.
Incertos. Inertes. Inexistentes.
Dores que atormentam. Machucam.
As mágoas vem. Pelo que há.
Pelo que foi. Já fui.
Exausta. Insensata. Inexata.
Lutar já não sei mais. Buscar não posso mais.
Eu bato. Aperto. Esmago uma tecla. Aquela.
Em vão. Me perco então. Na multidão.
Ouço nada. Vejo nada. Sinto apenas.
Caio. Fracassada. As forças enfim acabam.
Durmo. Apago. Desabo.
E amanhã, é tudo outra vez.

Um comentário:

Lis disse...

Amanhã é tudo outra vez!

Acho que ando como seu poema!

Beijos