segunda-feira, 23 de maio de 2011

Medidas

Queria medir o amor
Entender a quantidade da dor
Depois colocar na balança
E saber o que pesa mais


Queria entender o sentimento
Que exulta num momento
E se despedaça em um segundo
Contar o tempo de todo esse tempo


Queria cancelar o encontro
Da alma irradiante
E da lágrima lancinante
Jogar os pedaços em lados opostos


Queria buscar uma nuvem
Pra mandar viajar o sorriso
E a chuva viria depois
Lágrimas seriam só água


Tentei escapar dos receios
Em vão foram todos os meus desejos
Poderia até ter conseguido
Mas então seria só mentira


Quanta ironia eu vejo agora
Entre tantas palavras cuspidas
Sem medo e todo o medo
Com o peito rasgado 


Iludidos são os que resistem
Não há como medir 
A maior dor sempre será
Do maior amor.



3 comentários:

Bruno Fortkamp disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Couto disse...

A medida de amar...é amar sem medida...
E vamos nesse barco até que mude a correnteza ou que viremos a direção...mas que direção???
perguntas, dúvidas e só quem tem coragem paga o alto preço!
Couto

Bruno Fortkamp disse...

Ciça...Retorna com um belo poema,seguindo teu estilo,isso que é o importante,haja o que houver não deixe a poesia,ela é nossa melhor amiga!

Parabéns mais uma vez!