quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Teu gosto

Tens gosto de sol que nocauteia meu olhar
Incendeia minhas entranhas intrépidas
Aquece, arrepia minha pele com fagulhas
Irradia em mim, de mim, cada vez mais de você

Tens gosto de felicidade que ri cabisbaixa
Gargalha dos desesperos passados, atalhos
Sorri, sorrindo pelos recados não dados
Tão altos eles são, quando tocas a minha mão

Tens gosto de luz que afoga meu corpo
Nos seus olhos negros, pardos, espelhos de mim
Retratos do fogo que nos retém desnudos
Ilumina nosso passado, presente, invoca o futuro

Tens gosto de saudade que revela deslizes
Viaja no tempo, era março, era escuro, éramos nós
Revira os baús, relata os relatos, tão amargos
E refresca as memórias, tão nítidas, tão vivas, ferozes

Teu gosto mergulha em mim
Tempestade de você calando o tempo
Que gosto é esse meu bem?
Seria doce, como nossas noites?
Que gosto é esse meu bem?
É gosto de amor... apenas amor.

Um comentário:

Unknown disse...

duas poesisas no mesmo dia...tava inspirada einnn!!!!!heheheheh