sábado, 15 de outubro de 2011

Contos de Fadas


As pessoas mentem. Essa é a máxima de House, aquele médico do seriado de mesmo nome, americano, e que tem milhões de espectadores pelo mundo. As pessoas mentem. Mentem tanto, e sempre, que por vezes acreditam nas próprias mentiras.  
Sempre adorei House. Atualmente eu o odeio, porque ele parece só mais um babaca que pensa que pode sair por aí contando suas mentiras e manipulando as pessoas. E confesso, quando ele faz isso com as pessoas que se preocupam com ele, me incomoda. Mas, por outro lado, gosto demais de algumas de suas “qualidades”, como a sinceridade... Não sou hipócrita a ponto de dizer que eu não minto. Eu minto, mas só minto para quem não faz diferença na minha vida. Posso afirmar, sem medo, que a sinceridade é uma das minhas qualidades. Eu sou sincera porque sou absolutamente intensa. Eu já falei num texto anterior, mas acredito que é importante dizer novamente: quando eu choro, deságuo; quando eu rio, gargalho; quando sonho, detalho; quando eu amo, me entrego de corpo, alma, coração... eu sinto tanto que me perco no amor... E tem algo mais lindo do que se perder amando? É pura poesia. É ouvir pássaros até quando está caindo um temporal, é sorrir mesmo com a cena mais trágica da novela passando na TV, é viajar mesmo sem dar um único passo. Eu sou assim. Intensa.
E é aí que tudo desanda. Essa minha intensidade, tão poética... só me ferra. Sério. Acredito demais nas pessoas, especialmente nos homens. Detesto essa coisa de ser sonhadora. E justo eu, que desde sempre dizia que não acreditava em contos de fadas. Detestava a Cinderela e seu príncipe chato, e todas aquelas outras histórias de final feliz. Mas eu cresci. Cresci e comecei a acreditar nessas baboseiras. Como pode?
Então, fico me perguntando, se eu errei em acreditar, ou se quem errou, foi quem me contou a mentira do amor eterno, do felizes para sempre, do jamais te esquecerei, do te amarei para sempre... Aí está, são tantos clichês. Como acreditei nisso? Como nós, mulheres, conseguimos a façanha de cair nesses papos furados?
Estou parecendo indignada. Realmente, estou indignada. E o mais engraçado, que comecei indignada por mim, mas agora estou indignada pela minha classe. Nós, mulheres, temos que aprender a colocar esse bando de homem que conta lindas histórias pra correr das nossas vidas. Eles são problemas. Homens de verdade - e Deus, ainda acredito que existam, por favor não me decepcione – não contam histórias bonitas, eles apenas falam a verdade. Não mentem dizendo que gostariam, mas a vida não deixa, ou que morreriam por nós quando na verdade apenas querem uma noite no motel.
E, se eu fosse colocar aqui tudo que já ouvi, vi, vivi, ou observei nos relacionamentos por aí, teria que escrever um livro, e não apenas um post.
E você, que ainda está aí, lendo todo esse desabafo, deve estar se perguntando se ainda acredito no amor...
Minha resposta é: por hoje, não. Afinal, nunca se sabe o como vai ser o amanhã.
Mas, para mim, o amor é mais do que mentiras. É mais do que interesse. É mais do que aparências. É mais do que promessas jamais cumpridas.
E isso, sinceramente, eu nunca vi. Então, é impossível de acreditar.
O que existe são apenas pessoas que enganam, e pessoas que são enganadas.
Nossa! Acho que, finalmente, eu aprendi a lição!
Mas então, você engana ou é enganada (o)?

OS: House, quem diria que você, um desgraçado idiota, é quem mais tem razão nessa história toda?

Nenhum comentário: