quarta-feira, 23 de março de 2011

Veredas que me seguem
Enquanto as persigo
Há curvas invisíveis
Pedras que latejam
Por voltas, alamedas
Retas apagadas na calçada
Pedaços de terra no asfalto
Poeira na beira da estrada
Lá onde a seta afaga
Há velocidade parada
Pedindo combustível de tempo
Assumindo as inércias revoltas
Não há fuga nas placas
Não vejo onde a rua acaba
Num sem fim que termina
Quando dois caminhos se chocam

Um comentário:

Bruno Fortkamp disse...

"Há velocidade parada"

Neste trecho,podemos ver que a poesia está bem em suas mãos
e como é surreal a imagem que atravessa esses versos!

Parabéns!