sexta-feira, 19 de junho de 2009

Enfim, a dor

Quem dera eu ser a escolhida pra definir essa dor Dor que entra pelos olhos e para no coração Sigo assim, cambaleando, e ela, só aumenta Quem dera eu realmente ser capaz de definir essa dor Dor que dói aos poucos, e muito se faz presente Antes era pequena, hoje é gigante Eu tento, em vão esquecer, pois pelos olhos, ela ainda vem Essa dor não tem nome, ou tem, mas não se pode saber Não se define, não se distingue, não se limita Essa dor que corrói o corpo, alfineta, corta Essa dor que vem de palavras de fuga Vem também dos desejos não tidos, ou tidos, também Do que se quer, do que se ama Essa dor vem de ti, amado homem de sorriso rápido Vem dos sentimentos que não queres em ti Mas já são tatuagem em seu corpo Vem das restrições do teu dorso Mas que tu, sinceramente, não podes restringir

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