Quem dera eu ser a escolhida pra definir essa dor
Dor que entra pelos olhos e para no coração
Sigo assim, cambaleando, e ela, só aumenta
Quem dera eu realmente ser capaz de definir essa dor
Dor que dói aos poucos, e muito se faz presente
Antes era pequena, hoje é gigante
Eu tento, em vão esquecer, pois pelos olhos, ela ainda vem
Essa dor não tem nome, ou tem, mas não se pode saber
Não se define, não se distingue, não se limita
Essa dor que corrói o corpo, alfineta, corta
Essa dor que vem de palavras de fuga
Vem também dos desejos não tidos, ou tidos, também
Do que se quer, do que se ama
Essa dor vem de ti, amado homem de sorriso rápido
Vem dos sentimentos que não queres em ti
Mas já são tatuagem em seu corpo
Vem das restrições do teu dorso
Mas que tu, sinceramente, não podes restringir
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