terça-feira, 31 de julho de 2012

Poeminha


Hoje eu quis escrever um poema
Há dias quero escrever um poema
Mas a chuva tão tensa e vazia
Levava minha vontade tão cheia de sol

Eu quis revelar num poema
Toda força das noites insanas
E iluminar em versos impostos
As reais intenções do anormal

Mas a chuva, tão serena e contínua
Não queria meu tempo sorrindo
Rabiscava minhas palavras sem dó
E lágrimas solitárias se alinharam

Precisei de um poema intruso
Que me roubasse a apatia dos dias
E ele veio embutido no frio
De um quarto tão cheio de gritos

Pouca robustez ele tinha
E eu não lia como quem quer amar
Mas houve um zunido de luz
Levando o meu riso à lua escondida

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