domingo, 12 de fevereiro de 2012
Esta semana eu morri
Há tempos em que é fácil notar que estamos morrendo. Há dias em que a noite parece bem mais próxima. Esta semana eu morri mais um pouquinho. Muita coisa aconteceu. Nada foi comum, mesmo a rotina tendo sido a mesma. Esta semana eu percebi que viver de verdade pode te fazer morrer um pouco a cada dia.
Percebi que quando se vive a realidade, a vida de mostra seu outro lado. Te carrega dos dias simples para longas e tristes noites. É noite quando se deita, quando se acorda, quando bate o meio-dia.
Há dias em que a gente sente um pouco menos de ar nos pulmões, o coração machuca quando palpita e quase pára enquanto chora.
Seria tão simples viver da simples rotina da ilusão. Mas o simples nem sempre dura, se esconde entre nossos minutos e nos atordoa com o difícil dilema da realidade que não queremos.
Esta semana eu morri um pouco mais. Na segunda uma parte de mim foi golpeada, lá pela terça enquanto se recuperava, chorei quando a noite chegou. Na quarta eu já não suportava a solidão da minha alma, e na quinta apenas respirava com o que ainda restava da força, já inteira fatigada. Então, na sexta, enlutada eu apenas pedi para que no sábado essa semana terminasse, enfim.
Esta semana eu morri mais um pouco. Talvez um pouco que seja muito. Talvez um pouco que seja eterno. Talvez essa vida que foi perdida não seja vida nunca mais. Mas há tanta vida na morte, é o que dizem. Quem dera eu encontrar essa vida pra viver outra morte, em outra semana tão pálida quanto esta.
Na verdade, cá dentro não se perde a esperança. Mas se perde aquela vida que nunca existiu.
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