O céu inerte
O braço inerte
O cérebro inerte
O coração, inerte
O braço inerte
O cérebro inerte
O coração, inerte
Não inerte como a terra
(como a terra, apenas afável)
Mas inerte como o som
Mas inerte como o som
(som das batidas iguais)
Sendo inerte como o som
Que anda igual
Sofre diferente e
Vive sem viver
Vai vivendo sem mexer
Sendo azul de inverno
Pensando sem ousar
E sentindo sem tocar
Talvez toque, nos devaneios hilários
Ou nos sonhos
Ou nos sonhos
(agostos do próximo ano)
Mas não toca a verdade
Da realidade pensada
Que vem com as manhãs
Que acolhe desejos
E naufraga ao meio-dia
Mas não toca a verdade
Da realidade pensada
Que vem com as manhãs
Que acolhe desejos
E naufraga ao meio-dia
Não toca as cores
Daquelas flores da janela
Apenas vê, ouve os detalhes
Quando imagina a textura
Inerte
Tão inerte que não vislumbra
Apenas vive
(sem viver)
O novo dia.
O novo dia.
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