quinta-feira, 7 de abril de 2011

Exposição?

Muita gente me pergunta como tenho coragem de me expor tanto. Comecei a pensar sobre o assunto, já que nunca parei pra prestar atenção no tamanho da minha exposição. Não sou famosa, nem tenho muitos amigos. Até tenho uma família grande, mas sei que eles sabem muito pouco sobre mim. Ou talvez nem saibam tão pouco, mas com certeza não me conhecem tanto quanto pensam. Então, como eu me exponho? Porque tenho blog, acesso redes sociais, converso com muita gente diferente? Pode ser. Mas como eu disse antes, não sou famosa, quem se interessa pelo que eu faço, como eu vivo ou o que eu penso?
Mas há uma verdade nisso, a qual eu sempre soube, mas normalmente não lembro. Eu sou intensa. Quando estou feliz, eu sou intensa. Quando estou triste, eu sou intensa. Na alegria eu exulto sorrisos, na tristeza as lágrimas não param. Posso dizer que sou uma humana intensa. E isso é bom, pois contraria minhas próprias teorias sobre minha personalidade. Não sou tão imperfeita quando sempre disse ser, nem sou tão errada quanto penso, às vezes, que sou. Eu sou apenas humana. Eu vivo. E viver com intensidades é muito bom, mesmo quando parece ser a pior coisa para o coração.
Sou feitas de muitas intensidades, tantas quantas posso suportar. Na verdade, na maioria das vezes não suporto. Então, explodo. Surto de raiva. Choro quando meu peito se parte. Choro quando sou enganada. Amoleço se ganho um abraço. Eu abraço com intensidade. Eu gargalho com intensidade. Eu beijo com intensidade. Mas se eu não beijo, é porque estou sendo intensa na minha falta de vontade de beijar. Se eu não olho, é porque simplesmente cansei de esperar pelo olhar do outro. Se eu declaro amizade, serei a amiga mais intensa que se pode ter. Se eu sigo, eu vou. Se não devo olhar pra trás, eu não olho. Mas se eu olho, eu volto. Eu sempre volto para onde meu coração pode ser intenso. Sou intensa mesmo quando voltar é errar.
Eu sou intensa quando grito. E grito muito sem pensar. Falo tanto quanto devo calar. E ouço mais do que devo ouvir. Para mim o pouco não existe, o menos não faz parte. Tudo isso, porque sou intensa. Eu preciso da intensidade do carinho, da intensidade do olhar, da intensidade do perdão, da intensidade do amor...
Nada me basta se não for intenso.
Então talvez eu me exponha, pois não sei ser quase humana. Não sei ser quase. Eu só sei ser tudo. Eu sempre preciso de tudo.
Chamem de exposição ou prepotência. Chamem de ingenuidade ou ignorância. Eu chamo de ser gente. Eu chamo de ser viva! E para mim isso basta. Para mim, estará sempre tudo bem se for intenso. E só vai estar comigo, quem for tão intenso quanto eu.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

...

Se um dia eu chorasse, sabia que enxugaria minhas lágrimas...
Se eu precisasse de um abraço, sabia que seus braços estariam abertos...
Se meus olhos estivessem cansados, você veria meus caminhos...
Se nada mais houvesse, ainda haveria seu amor...
Estava errada.
Nada dura para sempre.
Ninguém ama para sempre.
Não existe vida eterna...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Foi

Eu estava feliz
Algo grandioso tomou conta de mim
Eu sorria ao acordar
E sonhava com o futuro
Era tão bom fechar os olhos
Esperar não era problema
Pois aquela hora ia chegar


Hoje estou triste
Há uma tonelada de mágoas aqui
Um vazio escuro
Nem sempre consigo disfarçar
As horas passam lentamente
E para qualquer lugar que olho
Sinto a indiferença escorrer


Tudo tem sido intenso
O menor toque
O pequeno minuto
Só um beijo
Só um tempo
Que não volta mais